segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

síndrome de asper

Os melhores estudos que tem sido conduzidos até agora sugerem que AS é consideravelmente mais comum que o autismo clássico. Enquanto o autismo tem tradicionalmente sido encontrado à taxa de 4 a cada 10.000 crianças, estima-se que a Síndrome de Asperger esteja na faixa de 20 a 25 por 10.000. Isso significa que para cada caso de autismo típico, as escolas devem esperar encontrar diversas crianças com o quadro AS (isso é tanto mais verdade para o ensino básico, onde a maioria das crianças com AS são encontradas). De fato, um estudo criterioso, baseado nas populações, foi conduzido pelo grupo do Dr. Gillberg, na Suécia, concluindo que aproximadamente 0,7% das crianças estudadas tem um quadro clínico diagnosticável ou sugerindo AS em algum grau. Particularmente se forem incluídas as crianças que tem muitas das características AS e parecem ser levemente enquadráveis ao longo do espectro tido como “normal”. Então parece ser uma condição nada rara.
Todos os estudos concordam que a síndrome de Asperger é muito mais comum em rapazes que em garotas. A razão para isso é desconhecida. AS é muito comumente associada com outros tipos de diagnóstico, novamente por razões desconhecidas, incluindo: “tics” como a desordem de Tourette, problemas de atenção e problemas de humor, como depressão e ansiedade. Em alguns casos há um claro componente genético, onde um dos pais (normalmente o pai) mostra ou o quadro AS completo ou pelo menos alguns dos traços associados ao AS; fatores genéticos parecem ser mais comuns em AS que no autismo clássico. Traços de temperamento como ter interesses intensos e limitados, estilo rígido ou compulsivo e desajustamento social ou timidez também parecem ser mais comuns, sozinhos ou combinados, em parentes de crianças AS. Algumas vezes haverá história positiva de autismo em parentes, reforçando a impressão de que AS e autismo sejam às vezes condições relacionadas. Outros estudos tem demonstrado taxa relativamente alta de depressão, uni ou bipolar, em parentes de crianças com AS, sugerindo relação genética pelo menos em alguns casos. Parece que, como no autismo, o quadro clínico seja provavelmente influenciado por muitos fatores, inclusive genéticos, de modo que não há uma causa única identificável na maioria dos casos.


Definição:
O novo critério DSM-4 para diagnóstico de AS, com muito da linguagem sendo oriunda dos critérios de diagnóstico do autismo, incluem a presença de:

Particularidades qualitativas na iteração social, envolvendo alguns ou todos dentre:
.à uso de peculiaridades no comportamento não-verbal para regular a iteração social;
.à falha no desenvolvimento de relações com seus pares em idade;
.à falta de interesse espontâneo em dividir experiências com outros;
.à falta de reciprocidade emocional ou social.

Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades envolvendo:
à preocupação com um ou mais padrões de interesse restritos e estereotipados;
à inflexibilidade a rotinas e rituais não-funcionais específicos;
à maneirismos motores estereotipados ou repetitivos, ou preocupação com partes de objetos.

Estes comportamentos precisam ser suficientes para interferir significativamente com funções sociais ou outras áreas. Além disso, é necessário não haver atraso significativo nas funções cognitivas gerais, auto-ajuda/características adaptativas, interesse no ambiente ou desenvolvimento geral da linguagem.
Cristopher Gillberg, um médico sueco que estudou AS extensivamente, propõe seis critérios para o diagnóstico, elaborando sobre os critérios DSM-4. Seus seis critérios capturam o estilo único dessas crianças, e incluem:

Isolamento social, com extremo egocentrismo, que pode incluir:
.falta de habilidade para interagir com seus pares
.falta de desejo de interagir
.apreciação pobre da trança social
.respostas socialmente impróprias

à Interesses e preocupações limitadas:
.mais rotinas que memorizações
.relativa exclusividade de interesses -- aderência repetitiva

à Rotinas e rituais repetitivos, que podem ser:
.auto-impostos
.impostos por outros

à Peculiaridades de fala e linguagem, como:
.possível atraso inicial de desenvolvimento, não detectado consistentemente
.linguagem expressiva superficialmente perfeita
.prosódia ímpar, características peculiares de voz
.compreensão diferente, incluindo interpretação errada de significados literais ou implícitos

à Problemas na comunicação não-verbal, como:
.uso limitado de gestos
.linguagem corporal desajeitada
.expressões faciais limitadas ou impróprias
.olhar fixo peculiar
.dificuldade de ajuste a proximidade física

à Desajeitamento motor
.pode não fazer necessariamente parte do quadro em todos os casos

2 comentários:

carlita disse...

Porque é que os nossos meninos não podem todos crescer e ser felizes em cada etapa da vida deles?

beijinho

Anônimo disse...

Boas noites nao sei tá em Portugal mas existe uma associaçao que tá relacionada com Asper o Link é http://www.apsa.org.pt/bin/PresentationLayer/home_00.aspx