domingo, 24 de fevereiro de 2008

Os palavrões



Todas as crianças atravessam uma fase em que se sentem muito capazes de tudo e de uma audácia desmesurada; uma maneira típica de mostrar a sua nova e intrépida personalidade a toda a gente, sem excepção, é o uso desmesurado de palavras pouco conveniente e vulgares, assim como, de insultos, proferidos com grande alegria e, no entanto, sem nenhuma maldade.


A primeira pergunta que nos questionamos horrorizados, é aonde é que o nosso filho teve a possibilidade de aprender semelhantes palavras. A resposta mais óbvia, é que as aprende das outras crianças enquanto está a brincar, no jardim infantil ou no parque.


As crianças, não entendem, de maneira nenhuma, o real significado dos termos que proferem e utilizam, mas, por outro lado, dão-se conta, perfeitamente, do efeito que produzem e provocam e pensam que utilizando estas palavras se tornam mais interessantes, aos olhos das pessoas adultas. Além disso, repetem-nas, continuamente, para demonstrar que já são crescidos e capazes de enfrentar o aborrecimento e por vezes fúria dos pais. Estão contentes de ser um pouco travessos e de demonstrarem que também eles são capazes de enfrentar o mundo.


A primeira coisa que devemos fazer, é tentar manter o controlo e não perdermos as estribeiras. Sobretudo, não deveremos dar a notar que estamos completamente surpreendidos e escandalizados. Se a criança descobre que consegui produzir este efeito, indirectamente, receberá o estímulo de voltar a repeti-lo, com a recôndita esperança que ao fazê-lo, venha a conseguir provocar, de novo, o mesmo efeito.


É muito fácil que o faça, por exemplo, quando estamos a fazer compras, onde naturalmente existem mais pessoas, ou com a presença dos amigos que frequentam a nossa casa, conseguindo assim, pelo menos pensa ele, causar mais sensação e escandalizar mais pessoas. Quanto maior vir que é o espanto, mais frequentemente o repetirá. Quando isto acontecer, devemos tentar manter toda a nossa tranquilidade e não dar demasiada importância ao assunto.Apenas quando estivermos sozinhos, é que devemos assumir uma atitude decidida e fazer a criança compreender, com firmeza, que para a maioria das pessoas, não é agradável ouvir tal tipo de palavras. Devemos faze-la entender, que tão pouco é agradável para nós ouvi-las e, que só as pessoas mal educadas é que as utilizam para se fazerem notar.


Nunca devemos esquecer que as ameaças e os castigos, neste caso, não servem de nada. Não esqueçamos, que, se porventura, gritamos com ele em casa, de cada vez que profere uma palavra feia, podemos ter a certeza, que mal saia da nossa presença, tentará utilizar todo o seu repertório, por exemplo, mal saia de casa para ir brincar ou para a escola.

3 comentários:

carlita disse...

Sabes como lidamos com os palavrões ou melhor com o palavrão que até não é dos piores? Fingimos que não ouvimos nada!!!!


Beijinhos

Guilherme disse...

ah pois é... é mesmo melhor fazer que nem percebemos...

Bjks

Gaby e Guy

Luísa Cabaço disse...

Olá Colega!

Olha o meu filho (5 anos), quase nos 6, está nessa fase...ai...ai é complicado por vezes...mas não lhe mostro reacção negativa...mas refiro-lhe que não deve dizer essas «palavrinhas»!

Da colega Luísa Cabaço
Beijinhos...adorei conhecer o teu blog....Parabéns!

http://educadoraluisinha.blogspot.com/